RESENHA | Antologia "Volumes Dissonantes"

Foto: @paragrafocult

Editora: Diário Macabro | Autores: Fábio Aresi, Luiz Fernando Plastino Andrade, Thassio Rodriguez Capranera, Oscar Nestarez, Marcelo Miranda, Larissa Prado, Úrsula Antunes, Alcebiades Diniz Miguel, Greg Polo, Márcio Pacheco, Camile Queiroz, Ricardo de Goes Correia e Daniel Freitas | Música: Alex Campelo | Páginas: 173 | Ano: 2021 | Gênero: Terror, horror, suspense, música, literatura nacional



Trazendo uma união da música com o horror, a antologia Volumes Dissonantes é um banquete não apenas para os olhos e a mente do leitor, como também para seus ouvidos, já que traz com ela uma playlist própria com uma canção para cada um dos contos presentes no livro. São treze contos no total que trazem a melhor e mais assustadora mistura da união entre o sombrio, o assustador e a música. Ouvir cada um deles com a sua canção através da música do Alex Campelo é de uma imersão sem palavras de tão incrível.

Os contos têm uma narrativa bem fluída e simples de entender, mantendo a qualidade a cada um que passa. A Sombra Sonora da Raposa e Lullaby foram alguns dos que mais gostei mas os outros também me conquistaram. Leitura mais do que indicada! Se você gosta e se não gosta de antologias também, vale a leitura para sair da zona de conforto e experimentar formas diferentes de se arrepiar.

O conto que abre o livro foi um dos meus favoritos, A Sombra Sonora da Raposa. Um bar discreto e misterioso com músicos e dançarinos que ostentavam cabeças de raposas já são o suficiente para arrancar arrepios mas quando o jazz tocado é capaz de levar os ouvintes a um estado de loucura enquanto se retorcem e se quebram para tentar acompanhar os passos e o ritmo da canção é ainda mais assustador. Narrado no formato de um depoimento de uma vítima após sobreviver ao episódio assustador, como uma versão ainda mais assustadora da Epidemia da Dança de 1518.

Já li diversas obras da Diário Macabro e sempre elogiei não apenas a qualidade de suas edições, como também toda a qualidade dos livros e contos em si mas ouso dizer que de todas as suas antologias que já li, essa foi a que mais gostei. Fiquei totalmente presa nas canções, nos contos e na forma como os dois se completavam criando algo tão bom que foi difícil de nomear. Deu pra ver todo o trabalho por tráz do desenvolvimento e como valeu a pena, visto que além de muito bom, também foi super original.


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Mas e vocês, gostam de ler enquanto ouvem música? ME CONTEM! 

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