RESENHA | "VERMELHO, BRANCO E SANGUE AZUL" de Casey McQuiston

Foto: Larissa - @paragrafocult

Editora: Seguinte | Páginas: 392| Ano: 2019 | Gênero: Ficção, comédia, LGBT, romance

Sinopse: O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra?

Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja. Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta. O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois.Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?

Alex é um jovem rebelde que poderia até ser considerado comum se não fosse um detalhe: ele é o filho mais novo da presidenta dos Estados Unidos. Além de ter sangue latino, Alex também tem como grande ambição se tornar um jovem político de sucesso e ele se esforça para conseguir alcançar o seu objetivo. Sua vida é boa e tranquila mas tem algo que ele odeia que é ser comparado ao mais novo herdeiro da coroa britânica, Henry, que sempre parece perfeito demais, certinho demais. Como se só mostrasse uma falsa versão de si para o mundo, o que Alex detesta.

" - Acho incrível - Nora diz. - Inimigos mortais obrigados a fazer as pazes para resolver tensões entre seus países? Tem um quê de shakesperiano nessa história."

Devido a isso e a outro acontecimento infeliz no passado, Alex criou uma birra contra Henry que é praticamente sem fundamentos. Aquela típica situação onde ele não foi com a cara do garoto e pronto. E olha que o príncipe nem ao menos parece ligar para a existência dele, que sempre tem algo a reclamar sobre o herdeiro da coroa. É um ódio unilateral dos fortes.

"Sei lá. Fazer o que nós fazemos é difícil pra caralho. Mas é mais difícil para mim. Sou o filho da primeira presidenta mulher dos Estados Unidos. E não sou branco como ela, nem posso passar por branco. As pessoas sempre pegam mais pesado comigo. Já você é, sabe, você, e nasceu no meio disso tudo, e todos veem você como a porra do Príncipe Encantado. Você é basicamente um lembrete vivo de que sempre vou ser comparado com outra pessoa, não importa o que eu faça, mesmo se eu me esforçar duas vezes mais."

Um dia, no casamento do príncipe mais velho, irmão de Henry, e após alguns drinques, Alex acaba começando uma pequena discussão com Henry e o resultado é desastroso: os dois em cima dos restos de um bolo de casamento que custou mais de sessenta mil em fotos espalhadas por jornais e tablóides de todo mundo com manchetes que indicavam uma grande rivalidade entre os jovens.

Por conta de toda essa atenção desnecessária, Henry e Alex são obrigados a passar mais tempo juntos para mostrar ao mundo que eles não tem rivalidade nenhuma e que na verdade são melhores amigos. O que não é verdade, claro. Mas com essa proximidade forçada, os dois passam a se conhecer melhor, a perceber que o otro não era exatamente como imaginavam e, por fim, Alex começa a questionar sua própria sexualidade. 

"Bissexualidade é realmente uma tapeçaria rica e complexa."

É claro que um romance surge e os dois são completamente fofos. Assim que Alex percebe que Henry não era quem ele imaginava que fosse, o romance entre o casal esbanja fofura e momentos calientes. É bem legal de ver a forma como eles vão se aproximando, os questionamentos de Alex e por fim, a grande questão: um relacionamento entre o primeiro-filho dos EUA e um príncipe daria certo? O povo poderia aceitar isso?

"Se a cabeça do primeiro-filho é uma tempestade, Henry é o ponto onde o trovão atinge a terra."

A escrita da autora é super tranquila, tanto que li o livro de quase quatrocentas páginas em um piscar de olhos. É repleto de momentos constrangedores e divertidos do tipo que te tira algumas gargalhadas. Alex e Henry são fofos mas também são bem quentes e suas escapadas no meio de viagens e conferências merecem palmas pela criatividade. Eu li o livro logo após terminar uma leitura pesada então ele me aliviou a mente, me livrando de uma ressaca literária. 

Tenho amado demais conhecer romances com temática LGBT e esse foi o meu preferido até agora. É leve e traz alguns questionamentos diferentes dos presentes nos outros livros do gênero que li. Um romance "impossível" leve e cativante. 

"Às vezes você só tem que se jogar e torcer pra que não cair de um penhasco."

Ah, o instagram do @ParagrafoCult junto com o @Livros_Fantasy e o @Crialite está sorteando um cupom de R$ 100,00 em livros na Amazon. Corre para participar! A foto oficial está no link abaixo da imagem.

 FOTO OFICIAL AQUI