Livros de terror são a minha perdição desde a adolescência. Adoro me perder por entre as palavras, sentir aquele arrepio a cada momento de tensão e o medo dos personagens. Não sou muito fã de jump-scares, gosto do bom e velho medo psicológico que não necessariamente te mata de medo porém planta a sementinha na sua cabeça e que vai mexendo mais e mais com sua mente a medida que cresce.
Ninguém fez isso melhor do que Lovecraft. Comprei o box com três livros do autor em um sebo aqui perto de casa há alguns dias. Nunca havia lido nada do autor então fui iniciar a leitura com as expectativas lá no alto. De primeira eu estranhei porque esperava muito sangue, carnificina e monstros destruindo cidades mas não. É um terror que mexe com os próprios personagens deixando que eles sejam vítimas não dos monstros horripilantes em si, mas de sua mente.
Por ter me fascinado tanto com a sua escrita, resolvi trazer para vocês uma pequena biografia de um dos autores mais incríveis que já li
Howard Phillips Lovecraft nasceu em Rhode Island nos EUA no dia 20 de agosto de 1890. Era filho único que foi criado pela mãe, já que seu pai sofreu uma crise nervosa quando ele ainda era pequeno, ficando pelo resto da vida internado em uma clínica de repouso. Era um rapaz muito inteligente, prodígio e começou a escrever seus primeiros versos aos seis anos de idade. A morte de seu avô, em 1904 deixou a família em situação precária. Começou apenas a escrever suas histórias de terror aos 27 anos, tendo se dedicado apenas a prosas até então. Seu primeiro trabalho profissional foi publicado aos 33 anos de idade em uma revista chamada Weird Tales. Após o término de seu casamento, se tornou mais ativo na carreira de escritor, tendo feito amizades muito importantes no meio literário, como do autor Robert Howard, autor das histórias do Conan, O bárbaro. Suas obras apresentam várias criaturas, dando ênfase a um universo hostil ao homem, crenças e atividades humanas. Apesar da qualidade de suas obras, elas deixam claro o Xenofobismo e racismo do autor. Comportamento que só diminuiu depois da sua mudança para Nova Iorque após seu casamento.
Seus textos costumavam ser em primeira pessoa, tendo muitas de suas histórias inspiradas em seus próprios pesadelos. Seu único romance publicado foi O Caso de Charles Dexter Ward mas tinha vários outros contos que o tornaram famoso, como a sua obra mais conhecida, O Chamado de Cthulhu. Em seus últimos anos de vida, trabalhou como revisor e ghost-rider para sobreviver, sempre mantendo a pose aristocrática mesmo após a perda da fortuna da sua família. No ano de 1937 se internou em um Hospital Memorial Jane Brown, após dores fortes causadas por um cancro intestinal em estado evoluído. Falecendo no dia 15 de março do mesmo ano, aos 46 anos de idade.
E vocês, já leram alguma obra do autor?
5 Comentários
Olá :)
ResponderExcluirPara mim é o contrário. Não sou amante de terror, mas estou a pensar dar uma oportunidade a Stephen King rsrsrs :P
Mas vou pesquisar sobre as obras de Howard para ver se algum me fascina para conhecer o escritor.
Beijinho
http://tudosoblinhas.blogspot.com
Olá
ResponderExcluirEu sou uma fugitiva do terror. Medrosa como sou, fujo de tudo que pode me assustar. Meu melhor amigo é apaixonado pelo Lovecraft, até tem uma tatuagem em homenagem ao autor.
Vidas em Preto e Branco
Oi
ResponderExcluirfui conhecer o autor no poste que veio depois dele, eu nunca li um livro de terro, não sou muito chegada no gênero.
http://momentocrivelli.blogspot.com
Muito bom saber dessa pequena biografia do autor de livros de terror.
ResponderExcluirAliás, minha preferência em leitura são: Biografias, cartas, memórias e diários.
"elas deixam claro o Xenofobismo e racismo do autor"
ResponderExcluirTento sempre pensar que era outra época, onde medos do estranho se justificavam. Pessoas viviam isoladas, em nichos de informação, com medo de guerras, violência e doenças (assim como hoje, claro). Mas sempre achando que o mal vinha de fora. Penso que a xenofobia sempre foi recíproca entre povos. Vários países asiáticos sempre foram relutantes em se abrir ao ocidente, por exemplo. Evito, pois, "julgar" vidas do passado com meu olhos de Admirável Mundo Novo.
Não sei o que seria do terror e da fantasia sem nomes como Lovecraft e Robert Howard. A herança deles, para os gêneros, praticamente direcionaram tudo que é produzido ainda hoje.
Não sabia desse box mencionado por você, mas tenho uma antologia Grandes Contos com 1176 páginas, da Martin Claret.
Abraços!!!!